Ao G1, médico disse que as pessoas nasceram para ter determinado peso.
Alfredo Halpern também falou sobre a polêmica em torno da sibutramina.

Depois do programa desta quarta-feira (15), o endocrinologista e consultor Alfredo Halpern falou ao G1 sobre emagrecimento e por que perder peso é tão difícil. Segundo o médico, é possível comer de tudo, desde que com moderação e controle. Frituras e refrigerante, porém, devem ser evitados no dia a dia.
Halpern destacou que engordar é fácil e emagrecer é penoso, mas mais difícil ainda é permanecer no patamar ideal. Cada pessoa tem um ajuste próprio, ou seja, um peso mínimo que consegue alcançar. Essa conta é complexa e compreende o mínimo que um indivíduo consegue comer, o máximo que é capaz de fazer de atividade física, o que consegue acumular de gordura, o que queima, o que tem de hormônios e as influências da infância, entre outros fatores.
De acordo com o especialista, as pessoas nasceram para ter determinado peso e, depois de certo tempo, adquirem um peso considerado mínimo. Para chegar abaixo desse nível, são obrigadas a fazer um sacrifício grande.
O endocrinologista afirmou também que, para manter o peso, atividade física é básica. Já para emagrecer, a dieta é mais importante. Para ficar estável, porém, é preciso fazer exercício sistemático, pelo menos 3 vezes por semana, durante 30 minutos. Com a idade, o corpo tem mais dificuldade para emagrecer por causa da queda do metabolismo e da queima calórica.
Moderadores de apetite podem provocar depressão, ansiedade e estresse, da mesma forma que vários outros remédios (como a aspirina) têm efeitos colaterais, disse Halpern. Mas esse é um risco, e não o que acontece na maioria dos casos, acrescentou. Pessoas com depressão, ansiedade, problemas cardíacos, hipertensão arterial ou histórico de derrame cerebral são contraindicadas a tomar esses medicamentos. Mas proibi-los para todos, como estuda a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), tiraria os benefícios de quem pode usá-los, afirmou o médico.
A sibutramina é um remédio que está no mercado há 14 anos e é amplamente utilizada, com uma boa experiência por parte de Halpern. Segundo ele, pesquisas envolvendo indivíduos com histórico de problemas cardíacos ou derrame e que usaram sibutramina indicaram um risco 16% maior de um novo acidente do cardiovascular. Mas esses pacientes não deveriam consumir os remédios.
Segundo Halpern, a sibutramina melhora os níveis de triglicérides, colesterol, circunferência da cintura, diabetes e peso. Para alguns, é o remédio ideal. Na opinião dele, é uma pena se o moderador de apetite for retirado de circulação, pois determinados pacientes precisam tomá-lo para o resto da vida, senão ganham peso novamente.
Indivíduos que não conseguem emagrecer de jeito nenhum podem apresentar algum problema no organismo, no centro que controla a fome, o gasto energético e a capacidade de queimar gordura. Para esses, é recomendado remédio ou cirurgia, na visão do médico.
Quem é obeso e diabético tem mais dificuldade para perder peso. E os medicamentos contra a doença também ajudam a engordar. Às vezes, uma adaptação nessas drogas já pode gerar resultados, concluiu Halpern.
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